Na 66ª Edição da revista Pós-Venda, que podem consultar através deste link, abordamos o impacto da pandemia COVID-19 no setor dos lubrificantes, bem como os prognósticos para o futuro. Podem lê-la de seguida:
1 - Qual o impacto que esta crise pandémica teve no setor dos lubrificantes auto em Portugal (ao nível do aftermarket)?
Cerca de um ano após ser decretado o primeiro confinamento obrigatório e de serem impostas restrições à circulação, verificamos que o setor dos lubrificantes auto foi dos primeiros a notar o impacto da pandemia, uma vez que o número de automóveis reduziu drasticamente e o trabalho se limitou, quase em exclusivo, a emergências. Após maio, o consumo aumentou de forma considerável, o que nos permitiu terminar o ano de forma satisfatória.
2 – Que medidas foram e estão a ser tomadas para se potenciarem as vendas neste momento junto das oficinas?
Inicialmente, um dos nossos principais focos foi na formação da força comercial da nossa rede de distribuição, para que quando regressassem ao ativo pudessem pôr em prática todo o conhecimento adquirido, o que se veio a verificar. Adicionalmente, decidimos reforçar a nossa presença e oferta digital, desenvolvendo uma comunicação de proximidade com clientes e potenciais clientes, criando uma conectividade e consciencialização da marca que, também ela, se veio a apresentar bastante profícua. Por último, era necessário dar uma resposta ao mercado no sentido de acelerar a recuperação e isso aconteceu por intermédio de campanhas de fidelização, com oferta de material de merchandise Mobil, e promoções em lubrificantes alvo, que foram levadas às oficinas através dos nossos Distribuidores. Todas estas medidas serão mantidas em 2021.
3 – O que o futuro poderá reservar para o negócio de lubrificantes em Portugal, tendo em conta (ou não) os efeitos da pandemia?
Quem acompanha a evolução do mercado, saberá que a tendência de queda é constante e se arrasta há meses. Isso verifica-se não só no consumo de lubrificantes como também na venda de automóveis novos, o que faz crer que os próximos tempos serão difíceis. Os efeitos da pandemia observam-se não só na vida das pessoas, como também na das empresas. No meio de uma crise pandémica, temos de nos preparar para enfrentar uma crise económica. A pouca capacidade financeira da maioria das oficinas independentes fará com que os prazos de pagamento se alarguem, e, num efeito bola de neve, poderá resultar no fecho de muitas empresas do setor.
4 – Em que ano o negócio dos lubrificantes poderá atingir, por exemplo, o desempenho que demonstrou em 2019?
Acreditamos que a partir do 4º trimestre a tendência de crescimento será mantida por um longo período. A recuperação em pleno talvez só em 2023. Na Lubrigrupo, temos a ambição de continuar a crescer dois dígitos por ano.